Descobrindo minha Capital

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domingo, 21 de novembro de 2010

GUERRA: AFINAL, VALE A PERDA DE TANTAS VIDAS?


O texto a seguir foi retirado do livro: “TRISTE FIM DE POLICARCO QUARESMA” que explica com muita perfeição os horrores provocados por uma guerra, seja esta, qual for.

“Querida Adelaide. Só agora posso responder –te a carta que recebi há quase duas semanas.Justamente quando ela me chegou ás mãos, acabava de ser ferido, ferimento ligeiro é verdade, mas que me levou á cama e trar-me-á uma convalescença longa.Que combate minha filha! Que horror! Quando me lembro dele, passo as mãos pelos olhos como para afastar uma visão má.Fiquei com horror á guerra que ninguém pode aliviar... Uma confusão, um infernal zunir de balas, clarões sinistros, imprecações- e tudo isto no seio da treva profunda da noite... Houve momentos em que se abandonaram as armas de fogo: batíamos á baioneta, a coronhadas, a machado, facão.Filha: um combate de trogloditas, uma coisa pré-histórica... Eu duvido, eu duvido, duvido da justiça disso tudo, duvido da sua ração de ser, duvido que seja certo e necessário ir tirar do fundo de nós todos a ferocidade adormecida, aquela ferocidade que se fez e se depositou em nós nos milenários combates com as feras, quando disputávamos a terra a elas...E não vi homens de hoje; vi homens de Cro-Mognon, do Neanderthal armados com machados de sílex, sem piedade, sem amor, sem sonhos generosos, a matar , sempre a matar...Este teu irmão que estás vendo, também fez as suas, também foi descobrir dentro de si muita brutalidade, muita ferocidade, muita crueldade... Eu matei, minha irmã; eu matei! E não contente de matar, ainda descarreguei um tiro quando o inimigo arquejava a meus pés... Perdoa-me! Eu te peço perdão, porque preciso de perdão e não sei a quem pedir, a que Deus, a que homem, a alguém enfim..Não imaginas como isto faz-me sofrer... Quando cai embaixo de uma carreta, o que me doía não era a ferida, ERA ALMA, ERA A CONSCIÊNCIA; e Ricardo, que foi ferido e caiu ao meu lado, a gemer e pedir-“ capitão, meu gorro, meu gorro!”- parecia que era o meu próprio pensamento que ironizava o meu destino...
Esta vida é absurda e ilógica; eu já tenho medo de viver, Adelaide.Tenho medo, porque não sabemos para onde vamos, o que faremos amanhã de que maneira havemos de nos contradizer de sol para sol...
O melhor é não agir, Adelaide; e desde que o meu dever me livre destes encargos, irei viver na quietude, na quietude mais absoluta possível, para que do fundo de mim mesmo ou do mistério das coisas não provoque a minha ação o aparecimento de energias estranhas á minha vontade, que mais me façam sofrer e tirem o doce sabor de viver...
Além de que, penso que todo este meu sacrifício tem sido inútil.Tudo o que nele pus de pensamento não foi atingido, e o sangue que derramei e o sofrimento que vou sofrer toda a vida, foram empregados, foram gasto, foram estragados, foram vilipendiados e desmoralizados em prol de tolice política qualquer...
Ninguém compreende o que eu quero, ninguém deseja penetrar e sentir; passo por doído, tolo, maníaco e a vida se vai fazendo inexoravelmente coma sua brutalidade e fealdade.”



Sempre me pergunto: quantas vidas ainda serão aniquiladas em nome de idéias que muitas vezes só beneficiam a poucos? Quando se extinguirá mentes doentias como a do Hilter, que por motivos preconceituosos, banais, queria dominar o mundo e aniquilar os outros povos que não fossem descendentes dos arianos...E citando exemplos mais atuais, até quando a América Latina vai ter aturar ditadores com idéias medievais, atrasadas, que só fazem a população dos países que governam se tornarem cada vez mais pobres? É o que estão fazendo o Hugo Chaves ( Venezuela), Fidel Castro ( Cuba) e etc.
A intolerância religiosa entre alguns países levam a ocorrência de atritos, e muitas vezes, a guerras intermináveis. Como é o caso entre Israel e a Palestina, que parece nunca ter fim.Misturar política e religião, é uma verdadeira bomba atômica!Os excessos dos extremistas mulçumanos, fazem com que pessoas explodam, e matem a si próprios e outras pessoas .Acabam iludidos por promessas absurdas em nome de Alá, como por exemplo: que ao se sacrificarem,os homens encontrarão no céu oito virgens...
O tempo das grandes navegações européias em busca de novos terras, de recursos naturais para serem explorados, já acabou.Os continentes já foram explorados, colonizados.As necessidades mundiais são outras.Não precisa mais encontrar um novo CAMINHO PARA AS ÍNDIAS” para se livrar dos impostos ao adquirir as especiarias da Índia ( cravo, canela, cominho etc).Agora, vivemos a era da globalização, por isso, o lance é negociar com todos os mercados possíveis , vender e comprar, livremente seguindo as regras do comércio de cada país.
Chega de dominações: milhões de índios americanos foram eliminados depois da descoberta da América.Deve-se acabar o tempo das dominações.É evidente o mal que os ditos civilizados fizeram com a América do Sul ( com os habitantes do local) e com a América Central .A miséria que a maioria dos países africanos vivem hoje, são conseqüência das explorações mal feitas dos brancos européias e dos ditadores que posteriormente vieram governar seus países depois da independência.
Existe também a guerra cível, que está aniquilando várias vidas devido o número crescente do tráfico de drogas.A desigualdade social e econômica agravam o problema da criminalidade a cada dia que passa...
Espero que chegue ao fim todas as guerras, que chegue o momento em que todos vivam em paz, que todas as nações sejam amigas, que as diferenças religiosas sejam respeitadas trazendo em fim, o equilíbrio para o mundo.

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